SUSTENTABILIDADE

A produção e disseminação de conhecimentos sobre agricultura familiar, sustentável e saudável é central para o mundo atual, sendo reconhecido como um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 2: Fome zero e agricultura sustentável).

A integração desses saberes nas práticas pedagógicas de escolas públicas e privadas no Brasil é um caminho de promoção do engajamento da população na busca de propostas inovadoras para o enfrentamento da crise climática e seus impactos significativos na disponibilidade de recursos ambientais, na habitabilidade e na segurança alimentar, hídrica, energética dos territórios.  Os povos tradicionais – público prioritário dos projetos executados pela Imagem da Vida = têm uma larga experiência na execução de tais práticas pedagógicas, e a produção de material comunicativo da história e atualidade dessas práticas tem um grande potencial multiplicador. A proposta é de que a partir da experiência adquirida nesses 20 anos de atuação junto a comunidades quilombolas, indígenas, ribeirinhas e assentamentos rurais se elabore materiais sobre agroecologia, reforma agrária e agricultura familiar a partir da perspectiva das crianças, adolescentes e jovens de comunidades tradicionais e de assentamentos do MST.

Também se buscará contemplar nas práticas pedagógicas os novos desafios e dinâmicas produzidas pela crise climática, enfocada sob uma perspectiva de direitos humanos e de justiça climática intergeracional, tendo os defensores dos territórios como principais agentes de transformação e enfrentamento da crise climática (ODS 13 – ação contra a mudança global do clima).

A proposta é produzir materiais pedagógicos e de comunicação que divulguem as boas práticas e as experiências dessas comunidades a partir do olhar dos jovens, valorizando as relações intergeracionais, exercitando a escuta dos mais velhos, pesquisando e registrando os saberes locais.  Além disso, dentro também desta mirada intergeracional, documentar a percepção das comunidades sobre a mudança climática e impactos sobre o território dentro de uma perspectiva histórica (a partir da perspectiva das lideranças mais antigas, das mulheres e das juventudes) e na construção coletiva de estratégias comunitárias de enfrentamento aos desafios da crise climática a partir do fortalecimento das capacidades existentes nos territórios.